Remédio Santo, Nova Novela Nacional

Começou hoje uma nova novela intitulada "Remédio Santo", e uma coisa é certa, começou mal, tenham a santa paciência, mas ou o autor escreveu a sinopse a pensar que o seu potencial público não vê mais novelas, ou então pensava que ninguém ia notar.

Porque se acham que todas as pessoas têm uma fraca cultura novelística, lamento mas eu não tenho, e se não aceitam as minhas novelas, que têm ideias novas, já percebi porquê, agora era bom deixarem um pouco de pensarem sempre nos mesmos autores, que acredito que tenham menos experiência, do que eu, embora a minha infelizmente seja ainda amadora, por falta de abertura.

Voltando à novela, eu não acho mal, de todo, existir uma alusão a algumas cenas de outras novelas, até para as prestigiar, mas assim descaradamente também não. E aliás não sei se pediram permissão à Globo, porque eu para escrever um livro sobre personagens tenho de ir pedir autorização.

Nesta nova novela, começamos quase ao inicio com uma cena numa aldeia, onde um grupo de fiéis veneram uma rapariga, em que o nome pelo qual é conhecida é "santinha", não vos parece familiar? 

E agora já recordaram? Não é mais do que uma imitação da "Santinha" da novela Paraíso, onde a história era igual, a mãe da personagem a "Maria Rita" queria que a filha fosse venerada. Agora se colocam lá vendedores de recordações, se colocam a santinha a ter premonições, se em vez da mãe é a avó isso já é à parte. O central aqui é colocarem o mesmo nome, e a cena muito semelhante. Porque a novela Paraíso, também se passava na roça, que para nós aqui é na província, e também as pessoas mais sensíveis à parte espiritual, rezavam à procura de milagres.

Por isso acho que existe tanto por onde explorar, para quê querer ser igual aos outros, para quê semelhanças? Não sendo plágio, tem semelhanças, e embora o público maioritário nem saiba muito bem o que está a ver, como alguém já disse num blog, "as pessoas, nomeadamente as mais idosas vêem as telenovelas para se distrair" e nem sabem quem é quem, e nem se lembram do que comeram ontem, muito menos das novelas todas da Globo, é pena que estas coisas aconteçam.

CRIL concluída

Pois é, um mês depois da inauguração da Cril que passa pela Damaia e Benfica, há que se dizer com toda a pompa e circustância que esta obra é "uma porcaria". 

Sim, porque além de ainda não estar pronta a acessibilidade, os peões são o Zé Povinho mais uma vez. Sem falar dos automóveis, quantos carros iriam passar todos os dias? 100 mil? Se passarem 1000 já acho muito. Mas antes de falar das estradas, falemos dos peões. Quem foi o visionário que pensou em dividir a Damaia de Benfica? Alguém que não mora em nenhuma destas freguesias. Sim porque é absurdo que duas terras que tinham pelo menos três vias de ligação, ficassem sem nenhuma, porque não me digam que aquela vergonha que chamam passagem, é uma ligação bem sucedida, primeiro destruíram duas vivendas do Bairro de Santa Cruz para fazerem uma passagem para cadeirantes, mas isto entende-se? Depois além daquilo não ter condições, fizeram umas escadas que faz as pessoas terem vertigens, porque ao subir os degraus, vê-se o chão. Para uma pessoa com síndrome de vertigens nem lá passa. Além de não serem seguras. E depois para ir para a Damaia, tem de se andar com subidas e descidas, e em forma de caracol. Andam a brincar connosco. Eu também acho, como diz, um comentador de televisão que muito admiro, que devem andar a enganar o ministro, porque quem é que com o mínimo de juízo coloca uma passagem assim, estão a tratar os habitantes como lixo.

Depois há que falar daquelas barreiras, tipo cerca metálica que colocaram no meio do passeio, para as pessoas não passarem, das duas uma, ou andam a colocar obstáculos para as pessoas fazerem um pouco de exercício e poderem ser atropeladas, ou pensam que os cidadãos têm asas. Porque é muito bonito andar a brincar com a vida dos outros, mas só para idiotas, ou então para gente que devia aproveitar a ideia e fazerem lá turismo a saltar barreiras. Porque é uma vergonha. E mais, o que dizer de passadeiras numa esquina sem visualização? Eu agarrava nos engenheiros todos e colocáva-os lá todos os dias a atravessar para ver se acontece um acidente com algum deles, para aprenderem alguma coisa. Porque sinceramente na escola que eles andaram, deviam ter como colegas muídos da creche.

Agora sobre as estradas, agora para chegar à Damaia, tem de-se percorrer kilometros e andar aos zigue-zagues, porque fizeram ruas a descer e não a subir, há três ruas que vão para o mesmo sítio, e nenhuma sobe. As pessoas que tinham as paragens dos autocarros em zonas decentes tem de andar quarteirões para apanhar o autocarro, e para descerem na Damaia, têm de ter cuidado, pois a primeira paragem é junto ao Bairro 6 de Maio. Ou seja, medo constante. Será que os governantes e engenheiros, não querem esperar lá por um autocarro? Só para  verem o que lhes acontece.

E quem não se lembra do dia 29 de Abril, com aquele nevão de granizo? Pois é a nova estrada, coisa mais linda, encheu-se de granizo, e a fantástica obra de saneamento ficou entupida e as três estradas que vão dar ao mesmo sitio, um local mais baixo, fez com que os comerciantes e os moradores, tivessem de chamar os bombeiros e uma escavadora porque ficaram com as caves inundadas. Fantástica obra, senhor ministro.

Factos por detrás da História

Este novo programa da TVI, o Perdidos na Tribo, mostra um pouco do que acontece nas tribos africanas, e não pude deixar de me impressionar, com a crueldade com que tratam os animais. Mais ainda se eles são capazes de tratar assim os animais o que não fariam então os seus antepassados com os forasteiros. Sim porque os concorrentes são um caso à parte, porque além dessas tribos saberem que os iriam receber, foram altamente compensados (sabe-se lá com o quê), para os terem lá com eles.

Mas aí faço a pergunta, já pensaram no que aconteceu quando os nossos, e ou outros navegadores europeus chegaram até essas remotas terras? É que a história de que eles começaram logo matando quem viam pela frente, além de ser enganosa, é uma perfeita mentira. Não se conta realmente como começou. Primeiro há que salientar que aquela "história para boi dormir", que todos os navegadores que não regressavam, tinham morrido de escrubuto, além de ridícula, é infantil. Na verdade eles foram barbaramente assassinados, e muitos deles serviram de almoço, lanche e jantar para muitas dessas tribos. Sim porque o canibalismo existia, além da chacina aos pobres animais.

Os portugueses sobretudo, não chegaram a África, e pensaram, vamos começar a recrutar todos para trabalhos pesados, não, o que eles queriam era sim comercializar novos produtos, como fizeram em outras partes do mundo, além de tentar explorar terras que a maior parte do mundo de então não conhecia. Mas foram atacados, mesmo em missão de paz. Porque é que a Igreja resolveu meter-se nesta conversa? Porque achavam que convertendo-os às leis de Cristo, os levariam a serem mais pacíficos. Mas enganou-se redondamente, e depois aconteceu o que já se sabe, foram escravizados, obrigados a trabalhar duramente. 

Mas podia ter sido tudo isso evitado, se os navegadores não se armassem em cuscuvilheiros, tentando saber o que acontecia em casa alheia, não tinham nada que ter ido até lá, meterem-se a espreitar e a querer saber o que acontecia na casa dos outros. Essa sim foi a abertura da Caixa de Pandora, e agora como fechá-la? É a grande pergunta que se impõe, será que alguém conseguirá fechar essa caixa? Ou iremos todos sucumbir, por erros feitos no passado?